Vivemos tempos em que muito se fala sobre amor e graça. Ambos estão na boca do povo, nas redes sociais, nas músicas, nas conversas cotidianas. Mas será que temos vivido esse amor e essa graça de forma verdadeira, profunda, bíblica? Ou temos nos rendido a um cristianismo raso, confortável e, por vezes, incoerente com o próprio Cristo?
Baseado em Marcos 12:29-34, esta mensagem nos convida a uma reflexão profunda sobre o que significa, de fato, obedecer ao mandamento supremo deixado por Jesus: amar a Deus de todo o coração, alma, entendimento e forças — e amar o próximo como a si mesmo. O próprio Jesus afirma que não há outro mandamento maior do que este. E, mais do que isso, Ele nos desafia a amar não apenas como amamos a nós mesmos, mas como Ele nos amou.
Essa é a chave que muda tudo. Amar como Jesus amou exige:
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Serviço e compaixão: Jesus não fez acepção de pessoas. Ele cuidou, curou, acolheu. Servir era sua linguagem de amor.
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Perdão e graça: Ele perdoou sem que houvesse merecimento. Derramou favor imerecido sobre pecadores como eu e você.
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Sacrifício e renúncia: Jesus se entregou por nós. Amar como Ele implica negar a si mesmo, abrir mão do próprio conforto, tempo e até direitos.
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Humildade: Ele nos ensinou a tomar o último lugar, a considerar os outros superiores a nós mesmos.
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Empatia real: Na cruz, Cristo viveu a maior prova de empatia, se colocando em nosso lugar e assumindo nossas dores.
Amar o próximo, portanto, não é sentimento, é decisão. Não é simpatia, é atitude. É um chamado para olhar o outro com a mesma dignidade com que olhamos para nós mesmos. É agir com misericórdia, buscar o bem-estar do outro sem segundas intenções e ser, em tudo, reflexo do amor de Cristo.
E talvez a maior forma de amar alguém seja apresentar-lhe Jesus. Evangelizar, discipular, ser uma carta viva, uma referência que inspire. Ser parte da solução. Ser o braço estendido. Ser Cristo no caminho de alguém.
Que o Senhor nos ajude a sermos cada vez mais parecidos com Ele, e que o mandamento supremo — amar a Deus e ao próximo — seja a marca visível da nossa fé.