Graça e paz, meus irmãos! Que privilégio poder estar mais uma vez diante de vocês para compartilhar a Palavra de Deus. Sempre que tenho a oportunidade de abrir a Bíblia, lembro que esse é um presente precioso: primeiro Deus fala comigo, depois fala com você através daquilo que Ele já trabalhou no meu coração.
Quero te convidar a abrir sua Bíblia em Mateus, capítulo 6, verso 9. É ali que encontramos a oração que Jesus nos ensinou, a oração do “Pai Nosso”. E repare comigo: antes de qualquer pedido, antes do “venha o Teu Reino”, antes até do “perdoa as nossas dívidas”, Jesus começa nos lembrando quem é Deus para nós. Ele não disse “meu Senhor”, nem “meu Criador”, mas Pai Nosso.
Isso muda tudo. Porque a oração é a respiração da alma, e se a oração é a respiração da alma, então o Pai é o oxigênio da oração. A base não está em como eu peço ou no que eu peço, mas em a quem eu peço. O segredo está em lembrar: eu não estou diante de qualquer pessoa, mas diante do meu Pai.
E quando olho para as Escrituras, três verdades enchem o meu coração sobre esse Pai:
1) Meu Pai se compadece de mim
Ele conhece a minha estrutura e sabe que eu sou pó. Não é um pai “bobo”, que ignora tudo, nem um pai carrancudo, de chinelo na mão esperando meu erro. É o Pai das misericórdias. Ele vê minhas lágrimas, entende minhas dores e cuida de mim. Por isso, Ele não permite que eu enfrente uma prova maior do que posso suportar.
2) Meu Pai é comprometido comigo
Jesus me manda olhar para os pássaros: eles não têm carteira assinada, nem poupança, nem bitcoin — mas comem todos os dias. Quem cuida deles? O Pai. E se Ele cuida dos pássaros, cuidará muito mais de mim. Até o pardal, ave sem valor, encontra casa junto aos altares do Senhor. Então eu não preciso viver ansioso. Ele me prometeu: “Não te deixarei, nem te desampararei”.
3) Meu Pai é bondoso
Jesus disse: se nós, sendo maus, sabemos dar boas coisas aos nossos filhos, quanto mais o Pai Celestial dará o Espírito Santo àqueles que pedirem! A bondade do Pai é a plataforma da minha fé. Como filho, sou herdeiro das promessas. Posso pedir, buscar, bater — e tenho certeza de que Ele não me dará pedra no lugar de pão.
E sabe, quando essa consciência governa o meu coração, até a minha oração muda. Criança diz: “Vou falar com o meu pai”. Eu também posso. Diante de qualquer crise, eu digo: vou falar com o meu Pai.
Ele é o Pai da Eternidade, Pai da glória, Pai das luzes, Pai dos espíritos, Pai das misericórdias — e é meu Pai. Eu não sou órfão. Ele me adotou. Ele cuida de mim hoje e sempre.