Queridos irmãos, enquanto refletimos sobre a passagem de Marcos 7, onde Jesus confronta os fariseus sobre suas tradições e legalismos, percebemos como essa história continua a ecoar em nossos dias. Os fariseus, tão presos às tradições cerimoniais, colocavam regras acima do relacionamento com Deus. Essa atitude nos alerta: o que temos priorizado em nossa caminhada cristã?
Jesus nos mostra que a vida espiritual não deve ser sobre rituais vazios, mas sobre transformação de dentro para fora. Ele disse: “Este povo me honra com os lábios, mas o seu coração está longe de mim.” E isso nos leva a uma pergunta importante: nossas ações refletem um coração próximo de Deus ou estamos apenas desempenhando papéis religiosos? Deus busca o nosso coração, o nosso compromisso genuíno com Ele.
Durante a mensagem, refletimos sobre três tipos de pessoas que seguiam Jesus. Os curiosos, que observavam de longe, muitas vezes com críticas e incredulidade, representavam os fariseus e outros líderes religiosos. Eles estavam tão focados em observar as palavras de Jesus que não enxergavam os milagres que Ele realizava. Esse tipo de atitude religiosa, que valoriza regras acima da graça, ainda impede muitos de viverem a plenitude do Evangelho.
Depois, encontramos a multidão, composta por pessoas que buscavam Jesus apenas pelo que Ele podia oferecer. Muitos vinham em busca de cura, milagres ou satisfação de necessidades materiais, mas não queriam compromisso. É uma realidade que ainda vemos hoje: quantas vezes buscamos a Deus apenas pelo que Ele pode nos dar e não pelo relacionamento que Ele nos oferece?
Por último, temos os discípulos, aqueles que decidiram seguir Jesus com um coração comprometido. Jesus nos ensina que ser discípulo não é apenas seguir de longe, mas viver como Ele viveu, amar como Ele amou e obedecer aos Seus mandamentos. Como Jesus mesmo disse: “Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros.”
Ser discípulo significa submeter nossa vontade à vontade de Deus. Vivemos em um mundo que prega a autonomia total, mas Jesus nos mostra que a verdadeira liberdade está em viver em obediência à Sua Palavra. Não somos donos de nossas vidas; pertencemos a Deus. E, ao entender isso, encontramos paz, propósito e direção.
Uma das mensagens mais profundas que essa reflexão nos traz é a importância do discernimento espiritual. Em meio a tantas vozes e distrações, precisamos aprender a ouvir a voz de Deus. Esse relacionamento íntimo com o Senhor nos dá sabedoria para tomar decisões, enfrentar desafios e caminhar segundo Seus planos. Sem esse discernimento, corremos o risco de sermos guiados por nossas emoções ou pela influência do mundo, desviando-nos do caminho que Deus traçou para nós.
Concluo com um convite: não viva apenas como parte da multidão ou como um observador curioso. Decida hoje ser um discípulo de Jesus. Isso exige entrega, mudança e comprometimento, mas traz uma vida plena, cheia de paz e com propósito eterno.