Boa noite, irmãos. Paz do Senhor! Hoje eu quero tratar de algo que Deus tem insistido comigo: construir amizades de aliança. Levo você a Levítico 26:8: “Cinco de vocês perseguirão cem; e cem de vocês perseguirão dez mil; e os inimigos cairão à espada diante de vocês.” A matemática de Deus não é a nossa. Ele nos mostra que, quando andamos em unidade, a força se multiplica de forma sobrenatural.
Antes de entrar no tema, deixa eu te lembrar: a dor não está autorizada a te destruir, mas a te transformar. Deus se preocupa mais com o nosso desenvolvimento do que com o nosso conforto. Tem hora que Ele nos livra da fornalha; tem hora que Ele nos faz à prova de fogo e deixa queimar para amadurecer nosso caráter.
Agora, sobre amizade de aliança: não é amizade de conveniência, é vínculo que carrega compromisso, responsabilidade, correção e sacrifício. É o tipo de amizade que puxa junto, como na ilustração dos cavalos belgas: um puxa cerca de 3,5 toneladas; dois, alinhados, chegam a 10 — e, treinados juntos, a 14. Quando a gente alinha coração, propósito e ritmo, nossa entrega multiplica.
Dentro de casa, o diabo tenta dividir, porque casa dividida não permanece. Deus não é apaixonado por uniformidade; Ele ama unidade. Somos diferentes, mas marchamos para o mesmo propósito. O que nos une é maior do que o que nos separa. E a Igreja é o lugar mais poderoso de inclusão que existe: aqui cada tribo, cada dom, cada habilidade encontra o seu bandeirão e serve o todo. É a multiforme graça de Deus em ação.
Quero falar aos homens: homem induz homem à masculinidade. Filho precisa de pai presente. A gente corrige, levanta, puxa para cima. E sim, a gente precisa aprender a pedir ajuda. Muitos estão adoecendo por viver isolados. Homens que caminham juntos forjam amizades profundas — é coisa de trincheira: você sobrevive porque o outro está ao seu lado. Isso é aliança.
Como testamos se temos coração de aliança? Pela capacidade de dar e receber feedback. Aliança não passa a mão em erro; aliança chama para responsabilidade, celebra acertos, sustenta nos tombos e não abandona no meio do processo. As portas do inferno não prevalecem contra uma igreja unida de homens e mulheres piedosos.
E um alerta final com a parábola dos talentos: Deus não nos dá dons para enterrar. Ele nos dá para multiplicar em benefício do Reino e das pessoas. Chega de “crente de banco”. Qual é o seu talento? Coloque-o em movimento. Pare de murmurar sobre o passado; amadureça, disponha-se, seja parceiro de Deus. Amizades de aliança vão te ajudar a sustentar esse chamado, a crescer, a permanecer e a frutificar. Amém!