Glória a Deus! A paz do Senhor, queridos. Que honra estar entre irmãos e, de modo especial, celebrar os pais. Minha oração é que a sua experiência de paternidade seja frutífera e que suas “flechas” atinjam o alvo em nome de Jesus.
Hoje lemos 1 João 2:12-14 e encontramos um paralelo lindo entre filhinhos, jovens e pais. João repete verdades para cada etapa da fé e insiste: “Eu vos escrevi, pais, porque conheceis aquele que é desde o princípio.” Há maturidade aqui. Filhos conhecem o Pai; pais conhecem Aquele que é desde o princípio. É mais que informação — é intimidade, é história com Deus.
1) O que forma um pai segundo o coração de Deus
Aprendi que um filho reconhece o pai por três marcas simples e profundas:
-
Provisão: pai sustenta. Nem sempre é muito, mas é fiel. Paternidade assume boleto, peso e responsabilidade sem murmurar. É dizer: “Deixa comigo.”
-
Proteção: pai é porto seguro. Não apenas defesa física; é amparo emocional e espiritual. É onde a casa respira alívio após o dia difícil.
-
Promoção: pai empurra para frente. Ele libera destino, diz “vai, você consegue”, e celebra quando o filho alcança lugares onde ele não chegou.
Essas três marcas fazem eco no nosso relacionamento com Deus. Quando me tornei pai, entendi melhor o amor do Pai. Lembro-me de orar com meu filho no colo, lágrimas caindo, pedindo direção para criá-lo. Naquele momento, percebi: é assim que Deus me ama — provendo, protegendo, promovendo meu coração para o propósito.
2) O convite do Pai: volte para casa
Muita gente tem dificuldade de chamar Deus de Pai por experiências ruins com paternidade terrena. Mas o evangelho é a notícia de que o Pai perfeito nos quer por perto. Penso na parábola do filho pródigo: o rapaz ensaia um discurso de culpa, mas o pai o vê de longe, corre, abraça, beija, veste, calça, coloca anel e faz festa. É isso que o Pai faz com quem decide voltar.
Gosto de imaginar uma cena moderna: um filho manda uma carta pedindo perdão e pede um sinal para descer do trem. O pai não pendura um pano branco em uma árvore; ele enche a vizinhança de panos brancos e fica na linha do trem acenando: “Filho, eu te perdoo!” É a bandeira da paz do céu balançando para você hoje.
Talvez você diga: “Pastor, tenho vergonha de Deus.” Eu sei como é. Mas pergunto: se seu filho chegasse arrependido, você o afastaria? Se nós, imperfeitos, acolhemos, quanto mais o Pai perfeito! Em Cristo, temos acesso. O caminho está aberto.
Crescer da fé de “filhinhos” a “pais”
João diz que “jovens” são fortes, têm a Palavra permanecendo neles e vencem o maligno. Isso mostra a transição: de filhinho que descobre o perdão, a jovem fé que luta e vence, até chegar a pais que carregam história com Deus e geram vida na casa e na igreja.
Pais espirituais geram ambientes onde:
-
o lar tem pão (provisão),
-
o coração tem abrigo (proteção) e
-
o futuro tem direção (promoção).
Esse é o nosso primeiro campo missionário: a nossa casa. É lá que o evangelho precisa brilhar primeiro.
Apelo
Se hoje você precisa voltar para o Pai, desça “na estação” certa: arrependimento e fé em Jesus. Há uma bandeira branca tremulando em seu nome. O Pai está correndo ao seu encontro. Receba o abraço, a restauração e a missão de viver como filho — e, amadurecendo, como pai que gera vida.
Glória a Deus!