Quantas vezes nós paramos para refletir sobre essa pergunta? Quando Jesus disse em Mateus 5:13-16 que nós somos o sal da terra e a luz do mundo, Ele nos entregou a essência da nossa missão como Igreja.
O sal preserva, dá sabor e impede a corrupção. A luz dissipa as trevas e mostra o caminho. Assim também deve ser a vida de cada cristão. Nossa missão e propósito não são conceitos distantes, mas responsabilidades práticas que dizem respeito a mim, a você e a todos nós que fazemos parte do corpo de Cristo.
Vejo muitos relacionamentos apodrecidos, cheios de mágoa e rancor. Sabe por quê? Porque está faltando sal. O sal é a essência da Palavra de Deus que gera três coisas fundamentais:
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Maturidade: para não sermos definidos pelas circunstâncias ou pelas opiniões dos outros.
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Crescimento: porque estar anos na igreja não significa nada se não houver frutos para o Reino.
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Equilíbrio: para lidar com as dificuldades da vida sem se escandalizar facilmente.
Jesus nos chamou para frutificar, não para sermos apenas consumidores do Evangelho. Quando não produzimos fruto, corremos o risco de sermos como a figueira que foi cortada, porque estava descaracterizada da sua natureza.
Da mesma forma, a luz que há em nós deve brilhar diante dos homens. Mas essa luz só é intensa se houver azeite no interior da candeia. É o Espírito Santo que nos enche e nos dá capacidade de iluminar onde existe trevas. O diabo não se preocupa se somos honestos, se temos bom caráter ou uma boa reputação. O que o assusta é a presença do azeite em nós, porque é isso que gera luz verdadeira.
E não podemos esquecer: o Evangelho nunca foi um parque de diversões, mas sim um campo de batalha. O verdadeiro Evangelho exige renúncia, cruz e fidelidade até o fim.
Por isso eu digo: não existe aposentadoria espiritual. Enquanto houver fôlego em nós, precisamos frutificar. Precisamos ser ganhadores de almas, precisamos investir tempo, recursos e esforços para que o Reino de Deus avance. Dinheiro só tem sentido quando é usado para salvar vidas, trazer dignidade e transformar histórias.
Quero te alertar: a hora mais alarmante não é quando Deus está batendo à porta do nosso coração, mas quando Ele para de bater. Enquanto Ele fala, ainda há esperança. Mas quando Ele se cala, é sinal de juízo.
Por isso, que o Espírito Santo gere em nós maturidade, frutos e luz. Que possamos ser uma igreja viva, comprometida com o propósito eterno de Deus. Que Cristo seja formado em nós.