Hoje vamos refletir sobre um tema essencial para nossa caminhada cristã: a tentação. A Palavra de Deus é viva e atual, mais relevante do que as notícias de amanhã, pois ela já previa comportamentos humanos, a influência do mal na sociedade e, acima de tudo, a nossa vitória por meio do sangue de Jesus. Sabemos que o pecado não tem mais domínio sobre nós, mas precisamos nos apropriar dessa verdade e vigiar, pois o inimigo está constantemente ao nosso redor, buscando nos desviar do caminho.
A Guerra Contra Nossas Escolhas
O diabo não brinca de ser diabo, e nós não podemos brincar de ser crentes. Ele nos propõe caminhos, oportunidades e atalhos que podem parecer atraentes, mas que têm o objetivo de nos afastar da vontade de Deus.
Um jovem estudante de teologia certa vez perguntou a um renomado pastor como ele fazia para não ser tentado. A resposta foi simples: “Ainda não cheguei lá. Quando chegar, te aviso.” Ou seja, ninguém está imune à tentação, independentemente da idade ou do tempo de serviço a Deus. Por isso, Paulo nos exorta a sermos sóbrios e vigilantes (1 Pedro 5:8), pois o diabo está sempre buscando uma brecha para nos derrubar.
A Diferença Entre Provação e Tentação
Deus nos prova para fortalecer nossa fé, mas não nos tenta. A tentação vem do inimigo, que busca nos afastar do propósito divino. Em 1 João 2:16, lemos sobre as três grandes áreas de tentação: a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida. Essas são as mesmas áreas em que Jesus foi tentado no deserto e também as mesmas em que o diabo nos ataca diariamente.
Jesus e a Tentação no Deserto
Em Mateus 4:1-11, lemos que Jesus foi levado pelo Espírito ao deserto, onde jejuou por 40 dias e foi tentado pelo diabo. O inimigo o desafiou em três aspectos principais:
- A necessidade física – “Se tu és o Filho de Deus, transforma estas pedras em pão.” Jesus respondeu: “Não só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que sai da boca de Deus.” (Mateus 4:4)
- A tentação da exibição e orgulho – “Lance-se do pináculo do templo, pois está escrito que os anjos te guardarão.” Jesus respondeu: “Não tentarás o Senhor teu Deus.” (Mateus 4:7)
- O desejo pelo poder – “Tudo isso te darei, se prostrado me adorares.” Jesus declarou: “Ao Senhor teu Deus adorarás, e só a Ele servirás.” (Mateus 4:10)
Cada resposta de Jesus foi baseada na Palavra de Deus. Ele não discutiu, não tentou argumentar. Apenas usou a Escritura como sua defesa.
O Papel do Jejum e da Oração
Jesus começou seu ministério com 40 dias de jejum. O jejum é um dos instrumentos mais poderosos para enfraquecer a carne e fortalecer o espírito. Paulo nos ensina que devemos “mortificar os nossos membros” (Colossenses 3:5), ou seja, devemos alimentar o espírito e negar os desejos da carne. Quando jejuamos e buscamos a Deus em oração, adquirimos força espiritual para vencer as investidas do inimigo.
Resistir ao Diabo e Fugir da Tentação
Tiago 4:7 nos ensina: “Sujeitai-vos, pois, a Deus, resisti ao diabo, e ele fugirá de vós.” Isso significa que a estratégia correta é fugir da tentação e resistir ao diabo, e não o contrário. Muitos tentam resistir à tentação e fugir do diabo, mas estão fazendo errado. Nossa força vem de Deus, e sem Ele, caímos facilmente.
Cuidado com os Pequenos Pecados
Às vezes, focamos apenas nos “grandes pecados”, mas precisamos estar atentos também às pequenas brechas, os chamados “pecados de estimação”:
- Mentirinhas “inocentes”
- Fofocas e maledicência
- Orgulho e soberba
- Ciúmes e inveja
- Preguiça espiritual
- Pequenas desonestidades justificadas
Esses pecados podem parecer inofensivos, mas abrem espaço para o inimigo agir em nossas vidas.
Conclusão
A tentação sempre existirá, mas temos as ferramentas para vencê-la: a Palavra de Deus, a oração e o jejum. Devemos estar atentos, pois não estamos imunes, mas podemos nos fortalecer espiritualmente para tomar as decisões corretas e viver de maneira que agrada ao Senhor.
Que Deus te abençoe e te fortaleça nessa batalha por suas escolhas e atitudes!