Bendito seja o nome do Senhor! Hoje eu quero abrir teu coração para uma verdade que tem moldado meus dias: Deus trabalha em favor de quem n’Ele espera. É por isso que chamo esta palavra de “um fim improvável”. Às vezes, ao fazer uma retrospectiva da vida — filhos criados, ninho vazio, metas que mudam — a gente entra num ciclo de introspecção e conclui, pela lógica humana, como a história “deveria” terminar. Mas o Evangelho confronta essa lógica. Ele é, sim, loucura para quem olha com os olhos da probabilidade. Para nós, é poder de Deus.
Eu mesmo já ouvi diagnósticos apressados sobre mim. E, pior, já fiz diagnósticos sobre mim mesmo. O problema fica sério quando eu começo a crer que meu limite é o limite de Deus. Não é. Eu não estou dizendo para você encher-se de si; estou dizendo para você encher-se do que Deus pensa a seu respeito. Ele tem um propósito específico para a sua vida. Você não é obra do acaso.
“Desde a antiguidade”, diz Isaías, “nunca se viu um Deus como o nosso, que trabalha por aqueles que n’Ele confiam”. É nessa convicção que eu caminho. Quando a gente põe o texto diante da vida real, a luz de Deus desarma os veredictos humanos.
Olha alguns retratos bíblicos de “finais improváveis” que me inspiram:
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José: vendido aos 17, estrangeiro, escravo, depois preso. Qual era a projeção “provável”? No máximo, ser um bom auxiliar na cadeia. Mas Deus o ergueu governador do Egito. O improvável de Deus desautorizou o provável dos homens.
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Raabe: uma mulher de Jericó, prostituta e de outra nação. Inconcebível, pela régua humana, que entrasse na genealogia do Messias. Mas a fé a posicionou dentro da história da redenção.
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Jabez: um nome que aparece num parêntese da genealogia — quase um rodapé — e Deus transformou sua dor em honra porque ele clamou.
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Abraão: creu contra a esperança. Quando a biologia disse “não”, Deus disse “sim”.
Esses quadros me lembram de algo simples: nossa memória é curta. Às vezes Deus livrou ontem, proveu ontem, carregou ontem; mas, porque hoje não aconteceu do meu jeito, eu já concluo errado de novo. O que eu quero que fique no teu espírito é:
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Deus tem um plano maior e melhor do que a versão que você desenhou.
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O “não” de hoje muitas vezes é livramento que prepara um “sim” melhor amanhã.
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O propósito de Deus pode parecer pequeno aos teus olhos — como “cinco pães e dois peixes” — mas nas mãos d’Ele alimenta multidões.
Então, qual é a postura? Submissão confiante: “Senhor, cumpre em mim o teu plano”. Eu existo para isso. Há um propósito coletivo para a igreja, mas também há uma história individual sendo escrita por Deus com o teu nome. E o fim? Pela probabilidade humana, um; pela fidelidade de Deus, outro. E é melhor.
Guarda isto: o que disseram sobre você — ou o que você decretou sobre si — não é a última palavra. A última palavra é o plano de Deus. Viva por ele. Caminhe por ele. Porque “nunca ninguém viu um Deus como o nosso, que trabalha em favor dos que n’Ele confiam”. Amém.