Com muita alegria e temor, compartilho essa mensagem que fala profundamente ao nosso tempo: a respeito do Reino dos Céus e da parábola do joio no meio do trigo, conforme Mateus 13.
Iniciamos refletindo sobre o quanto é desafiador viver o Reino de Deus em uma cultura que constantemente tenta desconstruir seus princípios. Vivemos dias em que a fé se dilui em meio às muitas distrações, opiniões e relativizações. E, por isso, precisamos estar atentos, firmes e enraizados na verdade do Evangelho.
O Reino dos Céus: a mensagem central de Jesus
O capítulo 13 de Mateus nos apresenta sete parábolas que falam sobre o Reino dos Céus. Isso nos mostra a seriedade e a urgência com que Jesus deseja que compreendamos o que significa viver nesse Reino.
Jesus não falava sobre o Reino apenas nos momentos públicos ou nas grandes multidões. Ele falava sobre o Reino dos Céus quando curava, quando ensinava, quando orava, quando confrontava a cultura de sua época. O Reino dos Céus não é uma filosofia humana, não é uma invenção de homens religiosos. O Reino dos Céus é o próprio Cristo e o governo que Ele exerce com justiça e amor. Ele mesmo declarou: “O meu Reino não é deste mundo” (João 18:36).
A Parábola do Joio no Meio do Trigo
Jesus usa uma linguagem simples, próxima da realidade dos seus ouvintes. A parábola fala de um homem que semeou boa semente em seu campo. Mas, enquanto os homens dormiam, veio o inimigo e semeou joio no meio do trigo.
O joio, uma planta muito parecida com o trigo, cresce junto dele, confundindo-se até que o fruto se manifeste. Só então é possível distinguir um do outro.
Quando os servos propõem arrancar o joio, o Senhor responde: “Não! Deixem crescer juntos até a colheita”. A separação acontecerá no tempo certo, quando os ceifeiros — os anjos — colherem e separarem o trigo para o celeiro e o joio para ser queimado.
Jesus mesmo explicou a parábola:
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O semeador: o Filho do Homem.
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O campo: o mundo.
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A boa semente: os filhos do Reino.
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O joio: os filhos do maligno.
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O inimigo: o diabo.
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A colheita: o fim dos tempos.
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Os ceifeiros: os anjos.
O Processo da Semeadura
A semeadura ensina lições profundas:
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Preparação do Solo: Deus criou o mundo perfeito, apto para gerar vida. Mas o solo também representa o nosso coração, onde a Palavra de Deus precisa ser semeada.
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Qualidade da Semente: O homem foi criado à imagem e semelhança de Deus, com o sopro de vida. Somos chamados a ser sementes que geram vida e frutificam.
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Tempo da Semeadura: Tudo tem seu tempo determinado (Eclesiastes 3:1). Estamos neste tempo e nesta geração com um propósito: glorificar a Deus e frutificar para o Seu Reino.
A Vigilância Espiritual
Enquanto os servos dormiam, o inimigo semeou o joio. Muitas vezes, Satanás age sorrateiramente, transformando aquilo que Deus criou para ser bênção em maldição. Por isso, precisamos vigiar!
A semente maligna é semelhante, mas não frutifica segundo o Espírito. O joio rouba nutrientes, impede a luz, atrasa o crescimento e prejudica a colheita.
Na atualidade, vemos como Satanás tenta banalizar e ridicularizar elementos preciosos da nossa fé, como o dom de línguas. Mas não podemos permitir que aquilo que é santo se torne motivo de piada.
O Nosso Papel: Crescer Junto
Jesus não nos mandou arrancar o joio. Não somos chamados para julgar, condenar ou excluir. O nosso papel é crescer junto, frutificar, viver com integridade e deixar que o Senhor, no tempo certo, faça a separação.
Não estamos aqui por acaso. Somos sementes plantadas neste tempo, com um ciclo: germinar, crescer, florescer, frutificar e gerar novas sementes.
A Aplicação Pessoal
O Reino de Deus começa no coração. Ele se manifesta na nossa intimidade com Deus, nas nossas escolhas diárias, no nosso testemunho.
Não basta apenas frequentar cultos ou cantar canções. É preciso andar com Deus no secreto, viver com sinceridade, ter frutos que demonstrem a ação do Espírito Santo em nós: amor, alegria, paz, longanimidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio (Gálatas 5:22-23).
E se hoje você percebe que está afastado, indiferente, ou vivendo uma religiosidade vazia, há um convite: volte para Cristo! Viva intensamente o Reino dos Céus!
A Conclusão: Mergulhe como Cristo
Assim como Jesus mergulhou no “esgoto da vida humana” para nos salvar, somos chamados a mergulhar na vida real, com amor e disposição, para manifestar o Reino dos Céus.
Que o Cristo invisível se torne visível através da nossa vida, nas nossas atitudes, palavras e testemunho.
O Reino dos Céus é real! Viva-o com intensidade!