Vivemos dias intensos, acelerados, emocionalmente exigentes. E é exatamente nesse cenário que o texto de Provérbios 4:23 se torna um divisor de águas:
“Acima de tudo, guarde o seu coração, pois dele depende toda a sua vida.”
Essa palavra é um chamado à vigilância interior. O coração, na visão bíblica, é a sede das nossas emoções, pensamentos, decisões e motivações. Quando ele está mal, tudo ao nosso redor se desorganiza. E quando está saudável, somos canais de cura, paz e restauração para nós mesmos e para quem nos cerca.
A condição do nosso coração determina o rumo da nossa vida.
O pastor João começa sua ministração com duas perguntas que funcionam como termômetro espiritual:
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O que te faz sorrir?
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O que te entristece?
Essas respostas revelam o estado do seu coração. Muitas vezes, a raiz das dores físicas, dos relacionamentos quebrados, do desânimo e até das enfermidades, está ligada a um coração intoxicado por mágoas, raiva, ressentimentos ou frustrações profundas.
Quando o coração está adoecido, o corpo sente. E a alma grita.
Inspirado no livro “Emoções Mortais” do Dr. Don Colbert, ele lembra que o coração é o oscilador biológico mais poderoso do corpo humano. Quando está em paz, transmite harmonia; quando está em conflito, gera caos físico e emocional.
Mas como saber se estamos perdendo o coração?
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Observe suas reações. Muitas vezes, somos mais conhecidos pelas nossas reações do que pelas nossas ações.
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Avalie suas palavras. O que sai da sua boca revela o que está dentro do seu coração.
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Questione sua produção: você está gerando paz ou intolerância? Misericórdia ou crítica? Unidade ou divisão?
Perder o coração não é algo literal — é perder o centro da vida espiritual.
O pastor João também alerta: existem perguntas para as quais não temos respostas. A dor da perda, as injustiças, os absurdos da vida às vezes são incompreensíveis. E nesse momento, a fé, mais do que respostas, precisa nos sustentar com presença, esperança e consolo. É nessa hora que devemos estar com o coração bem guardado, pois só um coração saudável consegue lidar com as perguntas sem resposta.
Ele enfatiza:
“O seu problema não foi o que fizeram com você, mas o mal que despertou em você.”
Guarde o seu coração de mágoas passadas, de palavras destrutivas, de guerras que não são suas.
Guarde a sua boca, pois “a morte e a vida estão no poder da língua” (Provérbios 18:21). Há batalhas que não devemos entrar. Há críticas que precisam ser silenciadas com amor. Há guerras que pertencem a Deus.
Conclusões práticas da mensagem:
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Cuide do seu coração como prioridade espiritual.
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Viva o hoje. Não seja sequestrado pelo passado nem por um futuro que não chegou.
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Tenha valores. Ensine-os aos seus filhos. Valores são mais importantes do que medalhas.
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Permaneça firme, com uma mão no trabalho e a outra empunhando a espada do Espírito, como Neemias.
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Guarde-se de atitudes e palavras que ferem mais do que curam.
Essa é a convocação: proteger o coração é proteger o rumo da vida. E para isso, é necessário vigilância, sensibilidade espiritual e compromisso com os valores do Reino.