Paz do Senhor, Igreja!
Hoje, quero compartilhar com vocês uma reflexão profunda, baseada em Eclesiastes 6:1-6. Uma palavra que fala sobre algo que vi debaixo do sol: um mal que pesa sobre os homens. A partir desse texto e da vida de Salomão, o autor de Eclesiastes, nós somos convidados a fazer uma avaliação séria sobre o verdadeiro sentido da vida.
Salomão não escreve como alguém que ouviu falar ou que apenas conjectura. Ele viveu tudo o que escreveu. Foi um homem que experimentou os maiores prazeres, riquezas e honrarias que um ser humano pode alcançar. Um homem que teve o que quis, quando quis e como quis. Alguém que conheceu o auge do sucesso terreno. E mesmo assim, com tudo isso em mãos, ele olha para trás e diz: “é vaidade”.
O que Salomão nos mostra é que, se um homem tiver tudo, mas não tiver Deus, ele não tem nada. Se viver mil anos duas vezes, e não desfrutar do bem, ou não for lembrado, é como se nem tivesse vivido. Ele chega ao ponto de dizer que um aborto é mais feliz que esse homem — uma afirmação forte, mas que mostra o quão vazio é viver sem Deus.
Eclesiastes nos ensina que Deus colocou no coração do homem a eternidade (Eclesiastes 3:11), e isso só pode ser preenchido por quem é eterno: o próprio Deus. Dinheiro, fama, conquistas, bens… nada disso satisfaz o vazio que só Deus pode preencher. E é isso que desejo que você leve para sua vida nesta noite: o sentido da vida é Deus.
Não estou aqui dizendo que é errado ter dinheiro, ser bem-sucedido, conquistar coisas. Abraão foi rico. Davi também. Mas ambos tinham o Senhor como o centro de suas vidas. O problema está em querer viver tudo isso sem Deus. O problema é quando nossa expectativa está apenas neste mundo, como diz a Palavra: “Se esperamos em Cristo só nesta vida, somos os mais miseráveis dos homens.”
Me permita contar um testemunho pessoal. Eu tenho 56 anos. Casei aos 20 com a minha menina — que na época tinha 17 anos. Deus nos deu dois filhos: Danilo e Débora Vitória. E hoje, vivo um misto de emoções porque no dia 26 de abril minha filha vai se casar. Ela está morando nos Estados Unidos, sendo recebida por uma igreja em Greenville. Escreveu um lindo texto de apresentação, e ao ler suas palavras, vi ali a mão de Deus moldando a vida dela.
Chamei minha filha de Débora, inspirando-me na mulher corajosa do livro de Juízes. E ela superou minhas expectativas. Eu queria protegê-la, mas ela foi além da minha proteção e se tornou uma mulher forte. Ela foi com o pretexto de fazer intercâmbio, mas lá descobriu uma pós-graduação. Eu disse a ela: “Filha, não tenho como pagar isso.” E ela respondeu: “Pai, eu trabalho e pago.” E pagou. Vai se formar em maio, e eu estarei lá para honrar esse momento com ela.
Meu filho, engenheiro eletricista, também estudou na PUC. E a verdade é que tudo o que eu pensei que precisava conquistar para dar uma vida digna aos meus filhos, Deus deu. Não foi o Irismar. Foi o Senhor. A faculdade deles, os sonhos realizados, tudo foi pela graça, pelo favor de Deus.
Deus preservou minha vida, minha casa e me livrou de mim mesmo — das minhas ignorâncias, dos meus erros. E tudo isso que compartilho com vocês é para glorificar ao Senhor. Ele faz. Ele provê. Ele cuida. E eu creio que Ele também fará na sua vida.
Você pode não ser rico, pode não ter tudo o que sonhou, mas se Deus estiver com você, você tem tudo. O sentido da vida é Deus. Viva para Ele. Espere Nele. Anseie pela volta do Senhor. E quando for trabalhar amanhã, faça o seu melhor, mas com os olhos no alto, dizendo: “Jesus está voltando. Ele é o Senhor da minha vida.”
Que a ceia de hoje nos leve a esse lugar de entrega, de rendição, de esperança viva no Eterno.
Deus abençoe vocês!