A paz do Senhor, Igreja! Que todos sejam abençoados.
Antes de iniciar a ministração, quero aproveitar esta oportunidade para cumprimentar aqueles que não tive a chance de falar na passagem do ano. Que Deus abençoe sua vida, sua casa, sua família e seus negócios. Que 2025 seja um ano repleto da graça e do favor de Deus. Que Ele se faça presente em cada área da sua vida. Amém!
Também quero compartilhar uma alegria pessoal: minha filha está noiva, e em poucos dias terei o privilégio de casá-la. Cumprirei assim meu papel como pai. E falo isso com muita alegria porque hoje vamos ministrar justamente sobre família.
O pastor João sempre me pede para falar sobre esse tema, e eu gosto muito de ministrar sobre família. Tento viver intensamente o que prego em minha casa, no meu relacionamento com minha esposa, meus filhos e agora com meus genros. Eu sempre digo à minha filha para transmitir ao noivo que, ao entrar na nossa família, eu o recebo como filho. Ele não deixa de ser filho de seus pais, mas também passa a ser parte do nosso lar. Essa é a nossa vida. Amém!
Quero ministrar uma palavra sobre restauração familiar. O texto base está em Apocalipse 2:4-5, que diz: “Contra você, porém, tenho isto: você abandonou o seu primeiro amor. Lembre-se de onde caiu! Arrependa-se e pratique as obras que praticava no princípio.”
Esse texto, que está em Apocalipse, é uma palavra direcionada à igreja de Éfeso. Assim como a igreja é a noiva de Cristo, quero aplicar essa palavra ao contexto familiar.
A restauração implica que algo que existiu antes foi perdido ou danificado. O texto mostra que Deus identifica o problema e aponta o caminho para restabelecer a comunhão. Da mesma forma, hoje vamos refletir sobre três pontos essenciais para restaurar a família:
1. Reconheça a situação atual da sua família
O texto diz: “Lembre-se de onde caiu.” Isso significa voltar ao passado e identificar onde as coisas começaram a se deteriorar. Um dos maiores desafios nos relacionamentos é reconhecer nossos erros.
Muitas vezes, pais ultrapassam os limites com os filhos, provocando ira. A Palavra nos alerta: “Pais, não irritem seus filhos; antes criem-nos segundo a instrução e o conselho do Senhor” (Efésios 6:4).
Nos relacionamentos conjugais, é comum que, com o passar do tempo, as práticas que trouxeram alegria e harmonia sejam esquecidas. Lembram-se de como você tratava seu cônjuge no início? O carinho, as palavras doces, o cuidado em abrir a porta do carro?
Mas o que aconteceu? As grosserias, a indiferença e a rotina substituíram o zelo. O desgaste natural da convivência pode criar distância. Para restaurar a família, o primeiro passo é reconhecer o que mudou e identificar as práticas que foram abandonadas.
2. Arrependa-se e mude de direção
O texto continua: “Arrependa-se.” O arrependimento envolve uma mudança de direção. Reconhecer o erro é o primeiro passo, mas o segundo é decidir mudar.
Às vezes, pedimos perdão a Deus, mas não mudamos as práticas que nos levaram a errar. No casamento, isso significa voltar a tratar seu cônjuge com o mesmo amor e carinho do início.
Quando reconhecemos que falhamos, precisamos agir. Perdoe seu cônjuge, seus filhos e busque perdoar a si mesmo. A restauração familiar passa pelo arrependimento genuíno.
3. Retome as práticas que fortalecem o relacionamento
O texto finaliza dizendo: “Pratique as obras que praticava no princípio.” Isso significa voltar às práticas que fortaleciam o relacionamento. O que você fazia que trouxe alegria e união ao seu lar?
Cultive o diálogo, a oração em família e o companheirismo. Se você deixou de fazer cultos em família, retome. Se deixou de expressar carinho, volte a fazê-lo. Pequenos gestos diários constroem grandes relações.
Lembro-me de uma conversa com minha filha, onde ela recordou momentos em que eu me posicionei como escudo para nossa família. Fiquei surpreso ao perceber o impacto que pequenas atitudes tiveram na vida dela. São essas práticas que precisamos resgatar.
Digo sempre à minha esposa: “Não me deixe perder o costume de chamá-la de meu amor, minha querida.” Esses detalhes fazem diferença e fortalecem o relacionamento.
Conclusão
A restauração familiar não acontece da noite para o dia. Exige reconhecimento, arrependimento e a retomada de práticas saudáveis.
Homens, lembrem-se: Deus nos fez mais fortes não para dominar, mas para proteger nossas esposas. A responsabilidade de restaurar e manter o lar é nossa. Se o lar perecer, a culpa recai sobre nós. Devemos amar nossas esposas como Cristo amou a Igreja, entregando a vida por elas (Efésios 5:25).
Que essa palavra encontre espaço em seu coração. Que você tome para si essa responsabilidade e que, em 2025, a restauração e a alegria de Deus invadam seu lar.
Amém! Deus abençoe vocês.